quarta-feira, 23 de julho de 2008
7a. Experiência: Ella Fitzgerald - Ella Fitzgerald Sings The George And Ira Gershwin Song Book, Vol. 1
Uma das pessoas privilegiadas que puderam escolher seus CDs antes de mim é simplesmente maluca por jazz, blues e levou tudo. Tudo mesmo. Menos esse!!
Talvez porque estivesse numa caixinha sem encarte. Parecendo meio perdido. Mas, que achado pra mim!
Na verdade, esse é o primeiro de uma coleção de 3 volumes.
Minha opinião vai ser bem parcial pq eu já conhecia quase tudo desse disco e sou fã de carteirinha dessa intérprete. E de jazz também.
Aí fica bem difícil não ficar rasgando elogios.
Que voz é essa??!!!
E o repertório, nesse caso, é maravilhoso. Tem a canção"Someone To Watch Over Me" que ouvi, há muito tempo atrás, em um filme que retratava o teatro de revista da década de 50 nos EUA. Linda... Foi bom poder ouvi-la novamente depois de tantos anos.
Difícil destacar alguma sem ser injusta.
São 17 músicas deliciosas, compostas por dois irmãos judeus, interpretadas por uma mulher negra e regidas por um maestro anglo-saxão. Excelente salada cultural!
Tons de pele e origens à parte, pra mim esse álbum é o melhor de dois compositores clássicos - George e Ira Gershwin- na voz da primeira dama do jazz: Ella Fitzgerald.
Depois disso, nada a declarar.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
6a. Experiência - Blur - 13
Meu visitante mais persistente - Mr. Roots. - andou reclamando a ausência de novas postagens.
Não, não. Não guardei os cds e desisti da proposta.
Apenas, a desculpa mais antiga de todas: tempo. Andei ouvindo um monte de coisas, mas faltou tempo de dividir com vcs minhas impressões sobre elas.
Retorno a esse espaço em grande estilo com esse álbum maravilhoso da banda britânica BLUR.
Aliás, ele não sai do meu carro. E vez ou outra me pego ouvindo de novo...
Por enquanto, das experiências vividas até agora, essa tem sido uma das minhas favoritas.
É o quinto disco dessa turma e posso dizer que é possível encontrar sons muito diferentes nesse CD, lançado em 1999. Parece uma coletânea de vários estilos.
O mais maluco é que essa versatilidade toda não descaracteriza a unidade do disco. Pelo contrário, dá pra sentir a ousadia da proposta em cada música.
Fiquei impressionada com a versatilidade do grupo. Cada faixa é uma surpresa: acústicos, distorções, músicas experimentais...tanta coisa! E essa grande mistura resulta num trabalho maravilhoso.
Destaque óbvio para a primeira faixa - a mais popular: Tender. Um hino de 7 minutos que conta com a participação do coral "The London Comunity Gospel Choir".
Perfeita pra ouvir no carro, em boa companhia porque, segundo os caras, "tenra é a noite deitado ao lado de alguém que vc ama muito"... Concordo em gênero, número e grau.
Outra que quase furou no Cd é "Swamp Song". Essa é mais agitadinha: distorções da guitarra, som mais agressivo. Tudo de bom.
Taí o convite para quem ainda não conhece.
Esse vale a viagem. Com certeza.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
5a. experiência - Peter Gabriel - Passion: Music For "The Last Temptation of Christ"
Como tudo o que já ouvi nessa aventura, esse Cd é um presente.
E mais: é lindo. A capa, o encarte, as músicas.
É notável o cuidado com os detalhes. E as faixas - todas - são demais! Pura viagem...
Uma mistura de sons africanos, egípcios, árabes e até brasileiros que tinha tudo pra dar errado. Mas, pelo contrário, pra quem viu o filme, casou demais com a história.
E pra quem, como eu, ouviu trocentas vezes o CD, pode ter certeza que essa miscelânea é um show de variedade e bom gosto.
O curioso é que o antigo dono me informou que várias músicas não foram feitas exatamente para o filme. Peter Gabriel - vocalista da super banda Gênesis - aproveitou algumas de suas composições e incluiu na trilha. Simples assim.
E não é que ficou bom?
Quem pode, pode.
Se ficou muito afim de saber do que eu tô falando, o site Amazon dispõe alguns minutos de todas as faixas pra deixar a gente com água na boca, enquanto esse meu presente não fica disponível na web pra todo mundo.
Vai lá.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
4a. Experiência - James Brown - 40th Anniversary Colection
Pára tudo!!!
Eu confesso que ver esse disco lá na caixa tava me dando uma coceirinha danada de vontade de ouvi-lo. E detalhe:o álbum é duplo!
Toda essa parcialidade só se justifica porque esse cara eu já conheço e gosto muito!
Apesar de totalmente maluco, ambíguo ( e quem não é?) e intenso, James parece ter redefinido a música pop no século passado. É o que dizem.
Detalhes biográficos à parte, impossível não ter uma vontade enorme de balançar o esqueleto ouvindo "I got you (I feel good) "- que digam os churrascos do Giordano onde essa trilha sempre imperava. Ou ainda, sentir uma certa nostalgia dos anos 50, uma época que a maior parte de nós só viveu por meio do cinema, ouvindo "Please, please, please".
Aliás, o primeiro CD tem umas baladas ótimas para AQUELES momentos.
Já o segundo, UAU!, é puro balanço.
Bom, morram de inveja, mas ter esse CD aqui tocando é bom demais!!
quinta-feira, 6 de março de 2008
3a. Experiência: Pizzicato Five Made in USA
Divertido!
Se tivesse que escolher uma, seria essa a palavra para definir esse cd.
Cinco japoneses fazendo música pop, cantando até em inglês só pode ser, no mínimo, divertido. E, às vezes, engraçado.
Desde o visual, até a seleção do repertório, esse álbum mostra um pouco da criatividade de um grupo que surgiu no Japão na década de 90, continua lançando discos por lá e, segundo o povo da MTV, "não estão nem aí pra nós".
E não fosse isso, o som é muito bom também. E as músicas em japonês...ah...são uma experiência super nova pra mim.
Minha amiga Ana disse que a música é perfeita para se ouvir em festinha de amigos. Não sei se isso é um elogio ou não, mas eu gostei da maioria das músicas do álbum. E colocaria, sim, em alguma festinha de amigos. rsrs
A música Twiggy Twyggy fez um puta sucesso, dizem, mas logo os caras sumiram da mídia ocidental. O fato é que no Japão, pelo menos, eles continuam bombando.
Ponto para mais escolha acertada!
quarta-feira, 5 de março de 2008
2a. Experiência - Erykah Badu - Mama's Gun
Caramba!
Olhei pra caixa e lá estava ela: logo abaixo do Terence. "Por que não?".
Fiquei curiosa pela capa. A estampa é de uma mulher de atitude.
Depois, fuçando aqui na net, descobri que Erykah "causou" no mundo da música com seus turbantes coloridos e os prêmios que conquistou logo no início da carreira. Até no cinema ela já se aventurou.
A moça lembra muito Billie Holiday. Guardadas as devidas proporções e minha total ousadia em propor essa comparação.
Mas, ok. Esse espaço, nem de longe, pretende ser um ponto final. Aliás, adoro interrogações e reticências...
Ouvi Erykah hoje o dia todo, enquanto buscava inspiração para criar algumas coisas. Confesso que não criei nada. Mas, fiz altas viagens...O que no fim das contas pode resultar em alguma coisa. Assim espero.
Achei o álbum "Mama's Gun" (clique e ouça) uma amostra deliciosa da soul music contemporânea.
Adorei algumas baladas como"In love with you" e "Orange moon".
Difícil ouvir e não pensar em muitas coisas com alguém bem especial ao lado, sabe? Acho que esse é o espírito desse disco: preliminares...
1a. Experiência: Terence Trent D'arby - Introducing the hardline (1987)
De cara, depois de sair com a minha "caixinha de presentes", esse foi o primeiro que fui saboreando no caminho para casa.
Por que esse? Sei lá... Ele ficou primeiro na pilha daqueles dos quais eu queria "uma palhinha" para decidir se levava ou não. E foi só ouvir a desenvoltura da voz de Terence na faixa "Sing your name" para ficar curiosa quanto ao restante do disco.
Depois, no carro, voltando pra casa, o clima "pra cima" desse álbum era tudo o que eu queria experimentar.
Nessa primeira audição, descobri que alguns de seus sucessos eu já conhecia, como "Wishing Well"(clique para ouvir) e "Dance little sister", por exemplo.
Segundo o antigo dono desse álbum, esse garoto fez um super sucesso nos anos 80. Acreditem, na semana de lançamento ele vendeu 2 milhões de cópias!
Atualmente, o cara mudou de nome. Agora atende por Sananda Maitreya - parece ser um nome budista. Seja como for, rompeu com a gravadora, criou o próprio site, o próprio selo e foi atrás da sua verdade. Ainda bem...
O disco dá uma vontade louca de dançar e celebrar a vida... acho que é esse o espírito! Até mesmo nas baladas, como "Sign your name" (clique para ouvir) - que aliás, tem uma letra linda -, o desejo é de acreditar que algumas coisas aindam valem à pena.
Por que 71 CDs?
Com total desprendimento, esse cara resolveu "zipar" seus 1300 discos e depois do serviço completo, dá-los a algumas pessoas.
Detalhe: eu fui uma das privilegiadas.
É pena que, junto com os Cds, não tenham vindo as legendas que sempre acompanham a audição deles, quando se faz isso em companhia do seu antigo dono.
Sim, porque para cada um dessas raridades, ele tem sempre um comentário para definir rapidamente a obra. Sem que essa rapidez signifique redução de sentido.
Foi com base nesses precisos comentários e de algumas audições que, numa noite dessas, sentada no chão de sua casa com algumas caixas em volta, fiz a seleção dos discos que comporiam meu presente.
Um presente totalmente original, considerando que eu desconheço grande parte do conteúdo de quase todos eles.
Sim, porque até hoje, apesar de adorar música e de ter muitos cds, meu universo se restringe à produção brasileira contemporânea. Que eu adoro, é claro!
Nessa praia até dou umas boas braçadas...
Mas, saindo dessas águas, quase tudo me é estranho. Tudo é novidade.
Às vezes sei o nome da música, mas não conheço quem canta. Noutras, é exatamente o contrário: sei o nome da banda e não tenho idéia da música.
E há, ainda, os casos piores: em que eu acho que já ouvi a música, mas não sei nada sobre sua origem.
Por isso veio a idéia desse blog.
Pensei que ao ouvir esses CDs daqui do meu quase nulo conhecimento de inglês e de música internacional pudesse dividir com vocês meu encantamento, meu estranhamento, minha surpresa e, quem sabe, minha paixão pelas descobertas que essa aventura pode me trazer.
Se você é - como eu - um estranho nesse universo, sinta-se convidado à desbravá-lo comigo.
Se navega muito bem por essas praias, essa é uma ótima oportunidade para rever alguns clássicos e conhecer algumas novidades.
Bom, tudo pode ser pretexto para embarcar nessa viagem comigo. Duas coisas bastam: desejo pela aventura e gosto pela música.
E aí? Simbora?!